Quando fomos a São Paulo para conhecermos as ações realizadas em favor do meio ambiente na capital paulista, nos deparamos com uma questão que para muitos pode parecer paradoxal: como conseguir a redução da emissão de poluentes na atmosfera sem interferir no desenvolvimento econômico da região?
Para entender esse processo, conversamos com o secretário estadual Bruno Covas, que comanda a pasta de Meio Ambiente, e visitamos a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que, entre outras entidades, é responsável por elaborar uma nova legislação que torne mais rigorosos os índices de partículas emitidos no ar pelas empresas paulistas.
Retornamos à Vitória com a proposta de trazermos para cá a experiência observada em São Paulo. Para isso, demos o primeiro passo realizando o Seminário Respira Vitória, com a proposta de reunirmos a sociedade capixaba e especialistas no assunto, com destaque para a presença de Maria Helena Martins, gerente de qualidade do ar da CETESB, e o renomado professor de Medicina da USP, Paulo Saldiva.
A realização do evento reacendeu a discussão sobre a necessidade de alterarmos os limites de emissões de poluentes, melhorando o ar que respiramos na Capital. A partir disso, movimentos sociais e órgãos públicos colocaram em prática a principal reivindicação do Seminário, criando, a exemplo de São Paulo, um Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI-Respira Vitória) que já está discutindo a revisão dos padrões de qualidade do ar, a partir da territorialidade do município, e definindo uma legislação mais restritiva.
Um dos méritos do GTI-Respira Vitória está em seu caráter democrático, reunindo diversos segmentos sociais. Fazem parte do Grupo representantes das secretarias municipais e estaduais de Saúde e Meio Ambiente, da indústria, da Universidade Federal do Espírito Santo, da Procuradoria Municipal, do Ministério Público, da Câmara Municipal de Vitória e a sociedade civil organizada.
Temos a consciência de que não se trata de um trabalho em curto prazo. Para se ter uma ideia, os paulistas precisaram de quatro anos para definir uma nova legislação. Mas estamos empenhado para que, futuramente, possamos apresentar propostas concretas, que sirvam de base para novos modelos de monitoramento e fiscalização da emissão de partículas na atmosfera.
Como um dos membros titulares do GTI-Respira Vitória, sinto-me orgulhoso de participar deste movimento que vejo como um marco na luta em favor do meio ambiente no município, buscando melhor qualidade de vida para esta e as futuras gerações, sem que com isso precisemos comprometer o crescimento econômico de nossa cidade.
Serjão (PSB)
Data de Publicação: segunda-feira, 10 de setembro de 2012
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